quarta-feira, agosto 13, 2008

Continuação

Falar sobre o que? Sobre o cabelo que cresce, mas mesmo assim parece não crescer de tão ansiosa que sou? Das pequenas coisas cotidianas que mudam tanto que nem sei mais se é rotina mesmo? Do vento batendo na janela que traz no meio do dia um sol tão amarelo e quente quanto um ovo frito? Do mundo que ao mesmo tempo parece se acertar e se bagunçar, cada momento de um jeito, em cada área diferente de um jeito inesperado? Não sei... Poderia contar as novidades, mesmo que pareçam banais, do tédio da calma das coisas, da falta de algo que balance os alicerces, da vida que parece tão certa, tão planejada, tão minuciosamente calculada, mas que a qualquer momento pode estremecer. O chato é esperar pelo terremoto. O ruim é saber como tudo vai caminhar sem nenhuma grande surpresa à espreita, sem nenhum sobresalto no caminho, sem nenhum coração batendo acelerado. E a sensação de que tudo vai continuar do jeito que está, mesmo não continuando.

7 comentários:

Laura Bourdiel disse...

É Amanda... sempre temos que falar, sou da opinião que se muitos falassem mais o que pensam este mundo seria mais colorido. Falar só aquilo que pareça culto ou com significado as vezes não mostra quem realmente somos.

Sobre o blog, fiquei mesmo com dó de me despedir do antigo, já que estava com ele desde 2004! Mas a uol sempre dava algum problema, então cansei. rs...

Xavier disse...

Tenso... É que tem coisas que mudam gradativamente sem a gnt perceber né?

Bjos!

Ana Paula Vieira disse...

as coisas sao assim msm
eu mesma estou numa fase assim, uma confusão, um tédio, mas por outro lado estou bem, pelo menos não estou sofrendo por quem não merece
e esteja preparada pq o terremoto vem a qualquer momento
hehe

bjxxx

Carlos Howes disse...

A monotonia, mesmo que momentânea abate. E nós temos que lutar contra isso, contra o abatimento, sempre.

Beijo.

A Maya disse...

Olá!
Saiba que não é só vc que bate de frente com o dilema de ter várias palavras a dizer ao mesmo tempo em que elas faltam.
Mas creia que por mais distantes que elas sejam, sempre há um outro lado que escuta. E que as retém.

Bjs!

Mariana Lima disse...

Acho mesmo que vc gosta de verdade é de trocar seus templates... se não estiver fazendo isso profissionalmente poderia pensar mais a sério na possibilidade...

Creio que precisa de ânimo, e acho que isso tem se tornado constante, o que me preocupa.

Nêga, se a música fosse pra ti tão inspiradora como é pra mim poderia te fazer uma... mas nem sei. Mesmo por te ler aqui já há muito tempo sinto que não te conheço pra dizer nada propriamente profundo e significante.

Por fim digo, assim do fundinho do coração, anima-te o quanto antes. A vida é muito mais horizontal que vertical. Experimente outras portas e se for necessário pule de janelas, caminhe atrás de outros muros. Mas não fique entre quatro paredes se lamentando pelo amarelo e os ovos fritos.

Beijos.

*** Cris *** disse...

É isso aí...falar coisas que saem do coração, com a simplicidade da emoção. Gostei do seu texto! Um abraço!